sexta-feira, 25 de março de 2016

Brasil Limpo

       O juiz federal da 4.ª Região (Paraná), Sérgio Moro, a Procuradoria da República no Paraná (MPF) e a Polícia Federal estão dando um exemplo magnífico de quais medidas devem ser adotadas para passar o Brasil a limpo.
       A partir de doleiros, eles desvendaram esquema bilionário que assaltou os cofres da Petrobrás. Portanto, é fundamental que todos os doleiros que operam no Brasil sejam investigados (não é difícil encontrá-los; é só seguir o dinheiro). Aqueles doleiros que forem enquadrados no crime de evasão de divisas devem ser presos, com direito à delação premiada.
       Pela delação dos doleiros, chegaremos àqueles que sangram o Brasil.
       O juiz Sérgio Moro pertence à 4.ª Região, que abrange os estados do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina. Para passar o Brasil a limpo é preciso que os juízes das outras quatro regiões também tenham a mesma determinação que o seu colega do Paraná. A 1.ª Região abrange os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Minas Gerais, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí e o Distrito Federal. A 2.ª Região: abrange os estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. A 3.ª Região abrange os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul. A 5.ª Região abrange os estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.
       A Procuradoria da República, em cada estado, também deve ter a mesma firmeza demonstrada por seus assemelhados lotados no Paraná. O procurador-geral da República deve ser nomeado por seus próprios méritos e, portanto, não acolher sentimentos de “gratidão” por quem o nomeou. Principalmente se este último espera daquele um tratamento diferenciado que o proteja dos ditames da lei.
       A Polícia Federal – politica e ideologicamente autônoma – deve seguir com o seu trabalho, digno dos maiores elogios.
       A mesma coisa pode ser feita no âmbito estadual. Investigar a fundo possíveis maracutáias envolvendo o dinheiro público (estadual). Criar uma força-tarefa da polícia e do ministério público estadual – tipo “os intocáveis” – para este fim. A participação dos juízes estaduais é fundamental para alcançarmos esse objetivo. Parte do material necessário para iniciar as investigações poderá ser encontrado nas gavetas dos Tribunais de Contas.
       Ações semelhantes seriam deflagradas, também, no âmbito municipal pelos órgãos correspondentes.
       Essas ações, quando postas em prática, poderão indicar um novo caminho a ser seguido pelos cidadãos brasileiros e seus representantes nas câmaras municipais, nas assembleias legislativas estaduais, na Câmara Federal, no Senado Federal e na Presidência da República.
       Às vezes, penso que estou sendo muito ingênuo ao propor tais medidas no “país do jeitinho”. Mas, eu preciso acreditar que é possível diminuir – bastante – a corrupção em nosso país.
       Vamos passar o Brasil a limpo!

       

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