Brasil Limpo
O juiz federal da
4.ª Região (Paraná), Sérgio Moro, a Procuradoria da República no Paraná (MPF) e
a Polícia Federal estão dando um exemplo magnífico de quais medidas devem ser
adotadas para passar o Brasil a limpo.
A partir de
doleiros, eles desvendaram esquema bilionário que assaltou os cofres da
Petrobrás. Portanto, é fundamental que todos os doleiros que operam no Brasil
sejam investigados (não é difícil encontrá-los; é só seguir o dinheiro).
Aqueles doleiros que forem enquadrados no crime de evasão de divisas devem ser
presos, com direito à delação premiada.
Pela delação
dos doleiros, chegaremos àqueles que sangram o Brasil.
O juiz Sérgio
Moro pertence à 4.ª Região, que abrange os estados do Rio Grande do Sul, Paraná
e Santa Catarina. Para passar o Brasil a limpo é preciso que os juízes das
outras quatro regiões também tenham a mesma determinação que o seu colega do
Paraná. A 1.ª Região abrange os estados do Acre, Amazonas, Amapá, Minas Gerais,
Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Piauí
e o Distrito Federal. A 2.ª Região: abrange os estados do Rio de Janeiro e
Espírito Santo. A 3.ª Região abrange os estados de São Paulo e Mato Grosso do
Sul. A 5.ª Região abrange os estados de Sergipe, Alagoas, Pernambuco, Rio
Grande do Norte, Ceará e Paraíba.
A Procuradoria
da República, em cada estado, também deve ter a mesma firmeza demonstrada por
seus assemelhados lotados no Paraná. O procurador-geral da República deve ser
nomeado por seus próprios méritos e, portanto, não acolher sentimentos de
“gratidão” por quem o nomeou. Principalmente se este último espera daquele um
tratamento diferenciado que o proteja dos ditames da lei.
A Polícia
Federal – politica e ideologicamente autônoma – deve seguir com o seu trabalho,
digno dos maiores elogios.
A mesma coisa
pode ser feita no âmbito estadual. Investigar a fundo possíveis maracutáias
envolvendo o dinheiro público (estadual). Criar uma força-tarefa da polícia e
do ministério público estadual – tipo “os intocáveis” – para este fim. A
participação dos juízes estaduais é fundamental para alcançarmos esse objetivo.
Parte do material necessário para iniciar as investigações poderá ser
encontrado nas gavetas dos Tribunais de Contas.
Ações
semelhantes seriam deflagradas, também, no âmbito municipal pelos órgãos
correspondentes.
Essas ações,
quando postas em prática, poderão indicar um novo caminho a ser seguido pelos
cidadãos brasileiros e seus representantes nas câmaras municipais, nas
assembleias legislativas estaduais, na Câmara Federal, no Senado Federal e na
Presidência da República.
Às vezes, penso
que estou sendo muito ingênuo ao propor tais medidas no “país do jeitinho”. Mas,
eu preciso acreditar que é possível diminuir – bastante – a corrupção em nosso
país.
Vamos passar o
Brasil a limpo!
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